Quando o pênis está relaxado e não há nenhum tipo de excitação sexual, a quantidade de sangue que entra pelos vasos sanguíneos do corpo esponjoso é a mesma que sai.
Quando o cérebro recebe um estímulo sexual, células do corpo cavernosos do pênis liberam óxido nítrico. Esse óxido atua sobre a molécula chamada GMP (guanosina monofosfato cíclica), responsável pela dilatação dos vasos e relaxamento do corpo esponjoso, o que permite a ereção. Mas a enzima PDS (fosfodiesterase 5) pode estragar tudo, inativando a GMP cíclica. Quando isso ocorre, a mesma quantidade de sangue que entra,sai do pênis e ele não fica ereto o suficiente para a penetração na vagina.
O Viagra age bloqueando a PDE5. Com isso, a GMP cíclica volta a entrar em ação. Desse modo, os vasos do corpo esponjoso se dilatam para o sangue entrar até o ponto de expandir o tecido erétil e comprimir as veias que fazem o sangue sair do pênis. Com as veias comprimidas, o sangue é bloqueado dentro do corpo esponjoso e o pênis se mantém ereto. Mas o estímulo sexual, que inicia todo o processo, é fundamental para a ereção.
A pílula facilita a ereção, mas não evita a impotência em casos como a obstrução das artérias de membros inferiores.
O processo de ereção depende diretamente da excitação do homem. O Viagra não é um excitante e nem atua sobre o sistema nervoso central nesse sentido. Ao agir de modo específico sobre o corpo cavernoso, que é o tecido erétil do pênis, a droga facilita a ereção, mas não a provoca se houver causas psíquicas ou orgânicas impedindo o estímulo sexual.
A disfunção da ereção pode ser vista como um problema global, que envolve o corpo e a mente. Tudo depende do estado físico e mental do indivíduo. Assim sendo, uma preocupação, cansaço, ou estresse podem neutralizar o efeito do Viagra pela falta de excitação que é componente indispensável para que o mecanismo funcione. Um paciente deprimido não consegue ter uma vida sexual normal. Da mesma forma, um homem que se excita com uma parceira, mãs não com outra, também não terá sucesso com a pílula. Observe como a excitação é importante para que o pênis fique ereto. Muitos homens se excitam normalmente, mas mesmo assim usam comprimidos para ereção. Nesse caso ele funciona como um estímulo psicológico; uma espécie de efeito placebo.
O remédio pode dar bons resultados quando o homem tem a ereção, mas perde durante a relação sexual; isso acontece por um problema chamado "fuga venosa". Nesse caso o sangue foge do pênis, não ficando nele o tempo necessário para que a ereção seja mantida até o orgasmo. Como o famoso comprimido tem a prioridade de concentrar por mais tempo o sangue na região genital, pode ajudar na impotência. Mas até 70% dos casos são de origem psicológica e nestas condições o efeito do remédio também é apenas psicológico e não necessariamente de efeito químico. Ele produz um estado de segurança para o indivíduo que sem ele se sente inseguro e temeroso. É a tal impotência psicológica que afeta homens organicamente saudáveis, mas psicologicamente enfermos.
Há vários motivos que causam a impotência, tais como a anemia, o diabetes não controlado, a insuficiência renal, baixos níveis de testosterona e a atrofia dos testículos. É preciso investigar bem as causas do problema, para que se possa tratá-lo adequadamente. Se houver obstrução das artérias cavernosas, por exemplo, não adianta tomar a pílula, pois o pênis não enrijecerá e corre-se o risco de um enfarto.
Basicamente a droga funciona com efeito químico, em casos leves e impotência, em que o pênis não fica rígido o suficiente para penetrar na vagina. E isto pode acontecer com homens de qualquer idade, inclusive jovens. Os jovens também apresentam problemas sexuais, sobretudo devido á ansiedade quanto ao desempenho. Nestes casos o tratamento deve ser estritamente psicológico e não químico. Aqui aproveito para dar um alerta aos jovens que estão fazendo uso destes medicamentos para impressionar as garotas; muitas vezes tomam, irresponsavelmente, mais de um comprimido; nesse caso o risco é enorme porque podem manter o pênis cheio de sangue por longo tempo causando sérios danos (uma espécie de priapismo) e, muitas vezes acabam num hospital para drenar o sangue.
A rigidez do pênis é resultado de um complexo mecanismo do qual participam os sistemas neurológico, vascular, hormonal e psicológico. Para se utilizar a terapia adequada é indispensável identificar a causa correta da perturbação que a provoca. Sem isso. qualquer tratamento irá fracassar.
Hipertensão, doença coronariana, tabagismo, drogas e traumas pélvicos podem levar à impotência. Só o médico, depois de avaliar todas as possíveis causas da impotência, irá diagnosticar e prescrever o tratamento certo.
Jamais faça uso de drogas para resolver problemas de impotência sem rigorosa orientação médica.
Nicéas Romeo Zanchett
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