A menstruação não é um obstáculo à vida sexual da mulher. Embora alguns casais não vejam com bons olhos as relações sexuais mantidas durante o período menstrual, isso não passo de um tabu. Nem a mulher está indispostas nessas ocasiões, nem a sua capacidade de sentir prazer é menor; ao contrário, muitas se tornam até mais excitáveis. Dores de cabeça, cólicas, etc, são passageiras e nem sempre acontecem. A ideia de associar as regras femininas á impureza tem origem numa moral religiosa que não procede. Homem e mulher devem viver sua relação amorosa sempre que sentir vontade. Quanto ao que pode ou não pode ser feito em tais situações, depende do gosto pessoal de cada um.
A ideia de que as mulheres tem mais desejo quando termina a menstruação, à priore, não tem fundamento. Para as mulheres existem períodos distintos: o anterior e o posterior à ovulação. Uma mulher que não esteja na meno pausa e nem sob efeito de pílulas anticoncepcionais segrega o hormônio conhecido como progesterona após a ovulação, o que pode motivá-la sexualmente. Mas este apetite sexual, comum a partir do quinto dia da menstruação, é sentido por muitas na segunda metade do ciclo. O mecanismo do desejo é complexo e não permite uma simplificação ginecológica; os hormônios são mensageiros entre os órgãos e as zonas de decisão da libido. Uma coisa é certa: a primeira metade do ciclo, geradora do estrogênio, tem como função assegurar o amadurecimento do óvulo e preparar confortavelmente a chegada dos espermatozoides até o útero. Isso pode gerar a necessidade mais intensa de fazer amor.
Na verdade, o desejo das mulheres é imprevisível e cada caso é um caso. Não se pode analisá-las apenas pelo lado científico porque existem outros fatores gerados pelos sentimentos pessoais.
Nicéas Romeo Zanchett
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