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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

O SEXO E AS RELIGIÕES

Adão e Eva

     A importância das religiões na vida das pessoas é indiscutível. A sexualidade é parte da vida cotidiana de todos nós humanos e é um tema abordado de maneira muito diferente entre as diversas religiões. Qualquer que seja a religião, ela exerce forte influência sobre a sexualidade e o comportamento das pessoas  que a seguem. 

          O catolicismo - A sexualidade no catolicismo começa com Adão e Eva. A fábula conta que viviam no Jardim do Édem e podiam desfrutar de todas as maravilhas menos de uma coisa: a maçã da árvore do conhecimento do bem e do mal. Eva se deixou seduzir pela serpente (o diabo disfarçado), comeu a maçã e convenceu Adão a fazer o mesmo. Segundo a Bíblia, Deus condenou todas as mulheres a darem à luz sentindo dor e também a serem sempre dominadas pelos homens. Uma fábula interessante, mas ingênua. 

            Na teologia católica romana, Adão teria violado sua inocência por ter mantido relações sexuais com Eva. Este acontecimento passou a ser conhecido como "pecado original". O sexo se transformou numa vergonhosa luxúria, carregado de culpa. O sexo deveria limitar-se à procriação da espécie e não ser feito apenas por prazer. Este sentimento de culpa perdura até os nossos dias e muitas vezes dificulta que as pessoas tenham uma vida sexual saudável e prazerosa.

             O ano de 1994 foi marcado por um estreitamento ideológico sexual pregando uma castração da liberdade sexual em larga escala. A afirmação de que o sexo era exclusivamente para a reprodução, e com isso a culpa pelo sexo antes do casamento foi muito difundida. Entretanto, visitando a história podemos observar alguns detalhes interessantes. Só no ano 392 de nossa era, o cristianismo foi proclamada religião oficia; entre o ano 965 e 1008 foram batizados os Reis da Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Noruega e Suécia. Esses dois fatos levaram ao atual formato do casamento religioso no princípio do ano 1.000. 

           O sexo para uso recreativo teve grande avanço com o surgimento dos preservativos ou qualquer outro método anticoncepcional, mas entraram nesta lista de proibição. Além disso tivemos a condenação da homossexualidade acirrando os preconceitos; também a valorização da virgindade que provocou uma verdadeira cruzada pela himenologia causando frustrações e vergonhas para as jovens que já haviam perdido a virgindade. O catolicismo  não se mostra contra variações sexuais, mas condena veementemente  o sexo anal que desde sempre foi utilizado também como forma para evitar a gravidez. Com essas atitudes houve perseguição a religiosos gays. Não podemos deixar de perceber que esses absurdo aconteceram no recente final do século XX. 

              O judaísmo - Não se manifestam sobre sexo antes do casamento; condena o casamento com adeptos de outras religiões; condena o adultério e a masturbação; as variações sexuais são liberadas; aconselha o uso de métodos anticoncepcionais naturais (as vulneráveis tabelinhas), não aceitando métodos artificiais como a simples camisinha, tão importante para a prevenção de DST. Em relação aos considerados  desvios sexuais, o conselho é procurar o rabino que poderá sugerir uma terapia. 

              O umbandismo - Não há restrições quanto ao sexo antes do casamento; também não há restrições sobre as variações sexuais; são contrários ao adultério de forma radical; não há restrições à prática da masturbação ou métodos anticoncepcionais; em relação as disfunções sexuais recomendam a ajuda médica sob a proteção e assistência dos orixás que guiarão o médico; os médiuns são proibidos de praticar sexo nos dias de ritual

              O maometismo - Proíbe o sexo antes do casamento; valoriza a virgindade masculina e feminina; são radicalmente contra o aborto; são contra todos os métodos contraceptivos; são proibidos o adultério e a masturbação; sexo é vinculado à reprodução; não é permitido o casamento com adeptos de outras religiões; em relação às dificuldades sexuais femininas são consideradas sem importância e a masculina é tratada com ajuda de um profissional. 

                O budismo - O uso de contraceptivos, variações sexuais, tipos de relacionamentos, opções sexuais são totalmente permitidos, desde que não haja prejuízo físico ou emocional para si ou para os outros; em relação ao aborto é dada orientação no sentido de conhecer e valorizar a vida; em relação à disfunções sexuais recomendam tratamento considerando que a meta é ser plenamente feliz. 

                O exoterismo - Não impõe restrições quanto a sexo antes do casamento, a uso de contraceptivos, variações ou opções sexuais, masturbação ou homossexualismo; em relação ao aborto considera um crime contra a vida. 

                 O protestantismo - Permite o uso de anticoncepcionais para facilitar o planejamento familiar; são contrários ao sexo antes do casamento; condenam e consideram grave pecado o adultério, o aborto e o homossexualismo; condena o sexo anal, mas permite variações sexuais; não aceita as disfunções sexuais.
                Para os protestantes pentecostais, prevalece os mesmos posicionamentos. Em relação às variações sexuais só admite o sexo-vaginal; a masturbação não é considerada pecado; em relação às disfunções sexuais aconselha que seja procurado o pastor para uma orientação. 

                O Kardecismo - Permite a liberdade na escolha de métodos contraceptivos; a laqueadura de trompas e a vasectomia são proibidos, salvo em caso de necessidade médica.; são contrários ao aborto; condenam o adultério; em em relação ao sexo antes do casamento, as variações ou opções sexuais, considera que a união entre duas pessoas deve ser feita sem formalidades burocráticas, contratos os ou rituais; aceita o homossexualismo com naturalidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

           O bicho homem é um ser que ao longo da história evolutiva se destacou dos demais pelo rápido desenvolvimento da inteligência. Hoje estamos explorando o universo galáctico, mas não conseguimos parar a explosão demográfica que é a causa maior de todos os problemas da humanidade.  Analisando as diversas orientações religiosas, não fica difícil entender porque o nosso planeta está com superpopulação. Imaginem se cidades São Paulo e Tókio tivessem apenas um terso da população que tem. 

Nicéas Romeo Zanchett 

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