Cleópatra e Marco Antônio
A liberação do corpo e dos usos e costumes sempre fizeram parte do cotidiano desde os tempos da mitologia grega, onde encontramos deuses, semi-deuses, heróis, covardes, ninfas, sexo grupal, lesbianismo, homossexualismo, adultérios, Swing e tantos outros derivados.
Os amores gregos, na vida e nas artes, sempre tiveram uma tendência para a tragédia. A maioria das duplas amorosas olímpicas não teve final feliz.
Vênus e Adônis - Vênus, adeusa da beleza e do amor, perdeu prematuramente seu adorado Adônis, vítima do ataque de um javali.
Édipo e Jocasta - Édipo apaixonou-se pela própria mãe, Jocasta. Esta paixão, que evidentemente não podia dar certo, tem sido contada ao longo dos séculos e deu origem ao tão conhecido "Complexo de Édipo". É um tema bem atual que atormenta muita gente e rende muito dinheiro para os psicanalistas.
Menelau e Helena - Elena possuía a reputação de mulher mais bela do mundo. Casou-se com Menelau que se tornou Rei de Esparta. Ela conheceu Páris e juntos fugiram para Troia, resultando na famosa guerra para resgatá-la.
Ulisses e Penélope - Um amor marcado pela fidelidade de Penélope. Enquanto estava na guerra de Troia, para livrar-se dos inúmeros pretendentes, Penélope alegava estar muito ocupada tecendo uma tela, comprometendo-se a escolher um deles quando terminasse o trabalho. Trabalhava durante o dia e desmanchava tudo à noite. Dessa forma manteve-se fiel até a volta de Ulisses que todos davam como morto.
Pigmalião e Galatéla - Pigmalião esculpiu uma estátua, a quem deu o nome de Galateia e apaixonou-se por ela. O mármore frio passou a ser seu único grande amor. Podemos considerá-lo como símbolo de auto-erotismo, talvez um precursor das conhecidas bonecas infláveis vendidas em sex-shoppings
Marco Antônio e Cleópatra - Ele saiu de Roma com o firme propósito de destruir Cleópatra, mas ao ver a bela rainha do Egito apaixonou-se perdidamente. Foi amor à primeira vista. O perigoso encanto da rainha, que tinha levado ao leito Júlio César, paralizou Marco Antônio que se aliou a ela contra Roma e juntos usufruíram de todos os prazeres da carne, mas ele perdeu a vida lutando contra os romanos, e ela, segundo a história, se deixou picar por uma serpente e também morreu.
Sansão e Dalila - Sansão, cujo nome significa homem do sol, perdido de amor por Dalila, acabou sendo despojado, não só do seu cabelo, mas também da sua superpotência. Dalila, que sabia os segredos da força de Sansão, traiu-o por 100 moedas de prata e contou que a origem de sua extraordinária força estava nos longos cabelos do herói.
Henrique e Ana Bolena - O sádico rei costumava ter muitas mulheres e como principal divertimento erótico mandava decapitá-las. Anna-Bolena foi a que mais despertou a paixão do rei, mas mesmo assim perdeu a cabeça.
Napoleão Bonaparte e Josephine - Um casamento tumultuado pela intensa atividade do marido guerreiro acabou em divórcio. O gênio da guerra dominou um império, mas nunca conseguiu ter controle sobre a sua amada Josephine. Em suas inúmeras cartas o imperador se queixava: "Não te amo mais, detesto-te. És horrenda, muito idiota e desajeitada. Não me escreves nunca, já não amas o vosso marido" (1796).
Lord Nelson e Lady Hamilton - Lord Nelson, muito famoso na Inglaterra por ter vencido Napoleão Bonaparte, sucumbiu à beleza da liberada Lady Hamilton, cujo marido, Sir Willian não se importava com seus relacionamentos extraconjugais. A infidelidade consentida já era costume na época.
Mozart e Constanze - O gênio da música clássica também escrevia cartas de amor para sua Constanze. Sempre assinava como apelido íntimo Plunpi-Strumpi (Querida Esposinha), rogo-te que não fique triste, cuide da saúde e tenha cuidados com as brisas da primavera.
Lord Byron e Lady Caroline Lamb - O poeta britânico Lord Byron foi amante de várias mulheres casadas, pertencentes à alta sociedade. Essa particularidade, somada aos versos extravagantes para a época, que fazia apologia à bissexualidade, lhe rendeu fama de homem de vida "dissoluta e anormal". Com Caroline, também casada, ele teve um tumultuado relacionamento que se tornou famoso depois que ela tentou o suicídio cortando os pulso com cacos de vidro.
Charles Darwin e Emma Wedgwood - Charles e Emma casaram-se em 29 de janeiro de 1839. Nessa época Darwin já estudava a transformação das espécies e o casamento o ajudou muito naquelas pesquisas. Emma era uma mulher calma e paciente; isto deu estabilidade à vida do casal. Tiveram 10 filhos. Pode-se dizer que foi um casamento em benefício da ciência.
Frederic Chopin e George Sand - Chopin, cujo jeito frágil e romântico teve tempestuoso caso de amor com a escritora Amadine Aurore Dupin que, ao se tornar romancista, adotou o nome de George Sand. Além de grande romancista, a escritora foi precursora no uso de calças compridas. Costumava fumar charutos e tinha outras atitudes masculina que criavam polêmicas. Apesar de brigar muito, o casal viveu durante vinte e nove anos e tiveram uma filha. As más línguas não pouparam o casal dizendo que Chopin era mais feminino do que a madame George Sand. Um verdadeiro choque de sensibilidade.
Duque e a Duquesa de Windsor - Ele era nada mais nada menos que o Rei Eduardo VII da Inglaterra. Ela Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada e pouco atraente. Foi o que se pode chamar de amor instantâneo e arrebatador. Contra tudo e contra todos, Eduardo abdicou do trono para unir-se á sua bem-amada. Foi o grande escândalo da família real inglesa. Um amor como esse pode ser cego, mas é maravilhoso. É a prova de que um verdadeiro amor supera todas as barreiras. Como num belo conto de fadas, o casal viveu feliz pelo resto da vida.
Peron e Evita - Evita, uma bela, porém obscura atriz - tipo chorus-line - conheceu Peron e se apaixonaram. Peron se tornou o populista ditador e ela transformou-se na primeira-dama da Argentina e num dos maiores mitos do século XX.
Onássis e Jacqueline Kennedy - Com um amor por contrato, o multimilionário grego Onássis casou-se com Jacqueline, ex primeira-dama dos Estados Unidos. No entanto o verdadeiro amor de Onássis sempre foi a cantora Maria Cllas, a grande diva da ópera. Com ela continuou seu romance mesmo após o casamento com Jacqueline. À vezes o amor também sucumbe ao dinheiro.
Jean-Paul Sartyre e Simone de Beavouir - Sartre, criadoer do existencialismo e Boevouir, primeira feminista, souberam usar suas brilhantes inteligências para viver um amor que parecia impossível. Para conseguir um equilíbrio amoroso o casal estabeleceu publicamente as bases para o "casamento aberto". Cada um podia ter suas múltiplas aventuras extraconjugais, mas permaneceram unidos até a morte de Sartre. Hoje isto pode ser rotineiro, mas na época foi um escândalo. É um exemplo de como a cultura e a inteligência podem desmistificar a hipocrisia. <<<
Luis de camões e D. Catarina de Ataíde - Três amores marcaram a vida de Camões e lhe deram inspiração para seus sonetos quase autobiográficos. O principal amor parece ter sido a dama do paço D. Catarina de Ataide, aquela a quem mais o poeta amou e por quem mais sofreu. Por sua causa, cai no desagrado do rei e da família de Catarina. Foi obrigado a deixar a corte, sendo desterrado para Coimbra.
Imperador Justiniano e Imperatriz Teodora - A esposa de Justiniano se achava uma verdadeira santa, mas tinha uma vida sexual libertina e muito intensa. Era chamada pelos seus conterrâneos de "a meretriz". Contam os historiadores que Teodora era ex atriz e quando entusiasmada costumava despir-se em público no teatro e caminhar até a ribalta cingindo apenas um cinto. Em seguida deitava-se ali sobre o assoalho e mandava espalhar grãos de cevada sobre o corpo nu que, em seguida, um ganso adestrado picava a deglutia um por um. Seu marido imperador sabia de sua vida devassa, mas ignorava todos os comentários à respeito. Por mais libertina que fosse a vida de Teodora, nada abalava o cego amor de Justiniano pela sua consorte. Traição consentida não é traição.
John Kennedy e Marilyn Monroe - Um amor às escondidas e nada secreto. A maior estrela do cinema americano dos anos 50 e o mais famosos presidente dos Estados Unidos viveram um amor intenso e cheio de fofocas. Marilyn morreu aos 38 anos de forma trágica, vítima de uma overdose de medicamentos e até hoje não se sabe se foi acidental.
Sarah Bernhardt e Príncipe Henri - As aventuras amorosas de Sarah Bernhardt foram inúmeras. As mais famosas foram com Charles Haas, Jean Richepin, Victor Hugo, o Príncipe de Ligne, o Príncipe de Gales, Maunet-Sully e até mesmo com Louise Abbéna, artista plástica que pintou seu retrato. O Príncipe Henri de Ligne marcou mais sua vida por ter tido um filho com ele, Maurice Bernardt. No entanto, o príncipe a abandonou com seu filho que, mesmo depois de adulto, sempre viveu às custas da mãe. Foi registrado apenas por Sarah. Mesmo cansada e doente fez suas últimas excursões nos Estados Unidos para pagar dividas do filho. Era uma mulher muito dedicada à família, mas o teatro sempre foi seu único e verdadeiro amor.
Oscar Wild e Lord Alfred Douglas - Este amor resultou no maior escândalo do final do século XIX. Oscar Wild, que adorava mais do que tudo chamar atenção, apaixonou-se perdidamente pelo jovem Lord e passou a se exibir em todos os lugares para chocar a puritana sociedade da época. Mas, por causa da sua ousadia, o escritor acabou sendo condenado à prisão, pois na Inglaterra de então o homossexualismo era crime. Com esta prisão Wild conseguiu o que mais queria, sou seja, ficar para a posteridade.
Richard Wagner e Ludwig II - O famoso compositor Wagner teve um rumoroso romance público com o Rei da Bavária Lidwig II que sempre protegeu e o ajudou financeiramente. Wagner teve muitos outros amores, mas nunca deixou a esposa. O gênio da música foi um homem de muitos e diferentes amores, o quer denota sua bissexualidade.
Nijinsky e Sergei Diaghilev - O maior bailarino de todos os tempos, Nijinsky teve como grande amor o seu cruel empresário Diaghilev, que muito contribuiu para sua completa loucura. Sua carreira foi tão grandiosa quanto breve.
Gertrud Stein e Alice B. Toklas - As duas apaixonadas viveram juntas por toda a vida. Um casal nos moldes da traição onde a fidelidade sempre foi o ponto de honra. A escritora e sua companheira, consideradas estranhas nos Estados Unidos, sua terra natal, mudaram-se para Paris, onde estabeleceram residência. Lá assumiram seu lesbianismo e superaram os preconceitos. Costumavam dar grandes festas, cujos frequentadores eram a fina flor da intelectualidade da época, como F. Scott Fizgerard e Ernest Hermingway.
Rimbaud e Verlaine - Rimbaud foi um jovem poeta maldito que, logo ao chegar a Paris, formou par romântico com o já consagrado Verlaine. Este era bem casado e vivia com a esposa e filhos, mas largou a estabilidade matrimonial e familiar para viver uma alucinante ligação com Rimbaud, acabando por dar-lhe um tiro que apenas o feriu, mas foi suficiente para por fim ao romance.
Se eu continuar minhas buscas certamente irei encontrare os mais lindos e estranhos relacionamentos que o amor inspirou. Tudo o que aqui vemos nos serve de lição e prova de que para o amor não existe barreiras intransponíveis. Ele sempre saberá superar os preconceitos e as ignorâncias.
Nicéas Romeo Zanchett
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